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ONU reduz previsão de crescimento global em meio a tarifas e tensões comerciais

May 16

2 min de leitura

Atualizado em 16 de maio de 2025


As Nações Unidas rebaixaram suas previsões de crescimento econômico global para 2025 e 2026, citando o aumento das tarifas dos Estados Unidos, tensões comerciais crescentes e volatilidade geopolítica como fatores que prejudicam a confiança dos investidores e a atividade econômica mundial. O relatório semestral mais recente destaca a crescente incerteza em diversas regiões e setores.


Crescimento global reduzido para 2,4% em 2025


De acordo com a nova projeção da ONU, a economia global deve crescer apenas 2,4% em 2025 e 2,5% em 2026 — uma redução de 0,4 ponto percentual em relação às estimativas de janeiro para ambos os anos. Isso representa uma desaceleração significativa em comparação com os 2,9% de crescimento em 2024.


“O ano começou com expectativas de crescimento estável, embora modesto”, disse Shantanu Mukherjee, diretor da Divisão de Análise Econômica e Política do Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais da ONU. “Desde então, as perspectivas pioraram e a volatilidade se espalhou por vários setores.”


Países mais pobres são os mais afetados


A desaceleração está afetando de forma desproporcional os países em desenvolvimento. A previsão de crescimento para os países menos desenvolvidos foi reduzida de 4,6% para 4,1%, o que representa uma perda de bilhões de dólares em produção econômica para regiões já afetadas pela pobreza extrema. Essas áreas abrigam mais da metade da população mundial que vive abaixo da linha da pobreza.


Mukherjee alertou que o enfraquecimento econômico pode agravar a desigualdade e dificultar o progresso rumo aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.


Impacto tarifário desacelera EUA, China e UE


Os aumentos de tarifas anunciados pelos EUA em fevereiro já estão impactando grandes economias:


  • Estados Unidos: crescimento projetado para cair de 2,8% em 2024 para 1,6% em 2025, devido à queda no investimento e consumo privado.

  • China: previsão de desaceleração de 5,0% para 4,6%, afetada por sentimento fraco do consumidor, desafios nas exportações e setor imobiliário.

  • União Europeia: crescimento estagnado em 1,0%, limitado por barreiras comerciais e exportações enfraquecidas.

  • Reino Unido: queda de 1,1% para 0,9%.


A Índia continua entre as economias de grande porte que mais crescem, embora sua taxa também deva desacelerar — de 7,1% em 2024 para 6,3% em 2025.


Outros mercados emergentes sob pressão


Economias dependentes de commodities e investimentos, como Brasil, México e África do Sul, também devem sentir os impactos da menor demanda global, queda nos preços de matérias-primas e recuo nos investimentos.


Futuro depende de negociação e clareza


Apesar dos dados preocupantes, Mukherjee expressou otimismo moderado. Ele afirmou que as negociações bilaterais em andamento podem levar à redução de tarifas — embora não aos níveis anteriores a 2025. Menos incerteza política pode facilitar decisões econômicas mais seguras para empresas e consumidores.


Implicações para os mercados: hora de se ajustar


Para investidores e traders, o relatório da ONU reforça a importância de acompanhar as mudanças macroeconômicas globais. Mercados acionários devem continuar sensíveis às manchetes econômicas, enquanto commodities e moedas emergentes enfrentam riscos de baixa. A volatilidade entre ativos deve continuar até que as relações comerciais se estabilizem.


Fonte do artigo

a) United Nations – World Economic Situation and Prospects Update, May 2025


May 16

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